domingo, 2 de fevereiro de 2014

Adeodato Faconti - Poesias


Poesia de meu Pai para minha Mãe




A primeira poesia foi feita quando ainda namoravam, e a última quando do falecimento de Leonilda Varoli Faconti. Retratam um amor de 57 anos que, ultrapassou o oceano, e continuou nos bons e maus momentos da vida. 

"Esta poesia, ficou perdida, depois que minha mãe morreu em 1963. Sabiamos que ela existia, tanto que eu e meu irmão Nanetto (Oberdan), haviamos nos prometido, que o primeiro que a achasse, iria publica-la. Quem achou a poesia foi meu sobrinho Zé Raul, que gentilmente me mandou-a e assim fica cumprida a promessa a meu irmão e as homenagens a minha mãe"






À Mesma
Em um momento de depressão nervosa a 1° de janeiro de 1906, caindo a neve em Pontremoli d’Italia – Adeodato Faconti


Quando ti vidi per la prima volta
Era d’inverno gelida mattina
E tu leggiadra,n’un bel sciallo avvolta,
caminavi altiva e birichina

Ma chi l’avvebbe mai pensato
Che farsi suora avevi immaginato?
Forsi non sapevi, che la clausura
É una tetra prigion che sempre dura?

Che sepolta nel lugubre convento
Piú non vedresti il tuo paterno castello
E che priva di questo sole bello
Morrireste sfinita, a stento, a stento?

Che ti salta a testa Leonilda cara!
Di schiúder tu stessa la tua bara,
fatta schiava di funebre dottrina
che non fu mai ispirazione divina!

Là dentro non entra, la vi é a morte;
e tu nel fior piú bella della vita
Vorresti, illusa, contrariar la sorte
Tagliarti il crin e renderti romita?

Lungi da te si triste pensamento
Lascia svolazzar la schioma al vento
E allora un di, fra morbidi cuscini
Ti baciaram lo sposo e i tuoi bambini.



Crisântemo
À
Leonilda Varoli Faconti
Botucatu – IX-IX-MCMLXIII

Esmerada espôsa
Admirável exemplo de virtudes domésticas
Que
Em
1906
Numa sua visita aos contrafortes dos
Alpes Apuános
Corajosamente
E sem acovardar-se pelas consequências
Escolhia por braço forte da sua existência
Quem
Com risco de vida
Se iludia
Em tempo de revolta
Na esperança de aliviar
os sofrimentos dos pobres
de poder renovar
as façanhas políticas
de homens destemidos de outrora
estas páginas
prova
de grande afecto e de intensa saudade
de
Adeodato Faconti
Seu companheiro
Na tolerância cristã
Pelo esquecimento e pela ingratidão do mundo.
(in:- Faconti, Adeodato  Remexendo os meus Rascunhos,  Botucatu 31-03-1965)



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