sábado, 15 de fevereiro de 2014
E Botucatu vai à Toscana (It)
Adeodato Faconti - Industrial
Foto da Fabrica de Bebidas e Peneiras em Botucatu
à esquerda perto da porta, em pé, de chapéu:- Alessio Varoli
à direita sentado, de chápeu:- Adeodato Faconti
data provável da fotografia:- 1909/1910
Meu avô Alessio
(Aleixo), quando deixou o oficio de alfaiate, montou uma fábrica de bebidas,
que ficava em um enorme prédio na Rua Curuzú em Botucatu – Sp. Meu pai, quando
veio para o Brasil, começou a trabalhar com meu avô e depois de algum tempo,
acabou gerenciando a Fábrica.
Mais tarde, fez sociedade com um Sr. Lombardi, na
Casa Varoli e tinham também vinagre e café.
Inicialmente fabricava licores, me
lembro bem do de jabuticaba e de eucalipto; e como descreve Elda Moscogliato
“... com seu famoso licor de eucalipto, premiado com Medalha de ouro na
Exposição Internacional de Turim, Itália, em 1921, cuja receita se perdeu
infelizmente.”
Em 1923, lança em Botucatu o Guaraná
Chic e em 1925 (ano em que eu nasci) passa a produzir a Soda Champagne.
Nos tempos em que viajava para vender
os licores, começou a observar que as pessoas nos balcões dos bares, quando o
barista perguntava o que queriam beber, respondiam em geral “qualquer coisa”.
Daí surgiu a ideia de fazer um licor chamado “Qualquer Coisa” que fez sucesso
durante algum tempo.
Foi também a primeira fábrica de
peneiras do interior do Brasil. Percebendo que estavam em uma região cafeeira,
e que as peneira precisavam vir da cidade de São Paulo (e isto naquele tempo
significava muito tempo), começaram a produzir as peneiras em Botucatu
fonte:- www.facebook/memórias de Botucatu
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Quando Pontremoli (Itália) vem a Londrina (Brasil)
da esquerda para a direita:- Daniel Faconti Bungart (neto), Simone Novais Bungart (neta), Irinéa Biral Faconti, Antonio Faconti, Paolo Bissoli, Leonilda Faconti Bungart (filha), Michael Novaes Bungart (bisneto) e Michael Faconti Bungart (neto).
Nesta foto também estão registradas quatro gerações da famíla Faconti:- Antonio (pai), Leonilda (filha), Michael (neto) e Michael Novaes (bisneto)
Londrina, 15 novembro de 2012
Esta é uma boa história e aconteceu no ano de 2012. Dois
professores e historiadores da imigração pontremolesa no mundo,- Paolo Bissoli e Caterina Rapetti -
não conseguiam achar nada da história de Adeodato Faconti no Brasil.
Como havíamos feito a cidadania italiana, a
nossa documentação de domicílio estava em Pontremoli, mas dava como endereço no
Brasil a cidade de Botucatu (local de nascimento) e não de Londrina, e assim,
eles não conseguiam me encontrar, pois já não havia, de anos, contato com Botucatu.
Ai, a Alexandra (Alê) foi morar na Italia, em 2010, e ao estabelecer residência em outra cidade, seus documentos em Pontremoli foram mexidos, e os funcionários da prefeitura avisaram o Paolo, que um descendente do Faconti estava residindo na Itália. Ele entrou em contato com a prefeitura (Comune) de lá, e como a cidade era pequena e todos se conheciam, passaram o celular da Alê para o Paolo que este entrou em contato com ela lá, e assim me acharam aqui! (É lógico que este é só um resumo)
Ai, a Alexandra (Alê) foi morar na Italia, em 2010, e ao estabelecer residência em outra cidade, seus documentos em Pontremoli foram mexidos, e os funcionários da prefeitura avisaram o Paolo, que um descendente do Faconti estava residindo na Itália. Ele entrou em contato com a prefeitura (Comune) de lá, e como a cidade era pequena e todos se conheciam, passaram o celular da Alê para o Paolo que este entrou em contato com ela lá, e assim me acharam aqui! (É lógico que este é só um resumo)
Eles estavam já programando uma viagem para
o Brasil para visitar a Associação de São Paulo e Botucatu, e imediatamente
incluíram a cidade de Londrina, para conhecer este que vos fala! Ficaram
conosco pouco tempo, mas foi um dos encontros mais emocionantes da minha vida.
Eles traziam a cidade do meu pai até mim.
Conversando, trocando documentos, fotos... pude conhecer um pouco mais da terra
do meu pai e agora estamos tentando preencher as lacunas da sua (e nossa)
história. Eles tinham muito conhecimento
da família Varoli (da minha mãe), mas poucas informações sobre meu pai, e agora
juntos vamos conseguir mais informações.
A visita de Paolo e Caterina encheram meu
coração de alegria. Infelizmente nunca tive a oportunidade de visitar nem a
cidade, nem o país do meu pai, porém agora, existe uma ponte que liga estas
duas cidades. Uma ponte feita de amizade, lembranças, e-mails, fotografias,
documentos.... Uma ponte que liga o passado ao presente e espero sinceramente
que o presente ao futuro.....
Pontremoli estará sempre no meu coração e
agora Londrina também estará no coração de pelo menos dois pontremoleses.
Pontremoli (Itália)
Pontremoli é uma cidade (comune) italiana com cerca de 8.255 habitantes e estende-se por uma área de 182 km2 . Pertence à província de Massa e Carrara, na região da Toscana. O patrono é São Geminiano. (fonte Wikipédia)
É o berço de Adeodato Faconti, e é nesta cidade que começa a nossa história.
Esta é a gentil dedicatória que Paolo fez, quando da sua visita à Londrina junto com a Caterine, de um livro que conta a história de Pontremoli. diz:-
"Ao Antonio
um amigo que do
Brasil pensa sempre
em Pontremoli, porque
Pontremoli é a SUA
cidade que o espera
08.12.2012. Paolo"
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Adeodato Faconti e Henryk Sienkievicz
O texto abaixo é o
resultado de uma pesquisa que meu sobrinho Luis Antonio Faconti de Noronha fez e me presenteou
junto com a fotocopia do romance Mirta Flavien, de meu pai.
“Mirta Flavien – 1905
No site www.estantevirtual.com.br, que vende livros raros, foram encontrados
dois livros escritos por Adeodato Faconti, sendo um deles de 1905, quando ele
ainda estava na Itália – “Mirta Flavien” – com uma carta à ele de Henryk
Sienkievicz.
A editora é – Casa Editrice Nerbini – Firenze -.
O livro é em
italiano e versa sobre o 1812 de Napoleão na campanha da Rússia.
O quadro retratado
na capa é – Marechal Ney Sustentando a Retarguarda do Grande Exército na
Retirada da Rússia (Adolfho Yvon) – tela do Museu de Versalhes.
Henryk
Sienkievicz, escritor polonês (*1846 Wola Okrzeisa/+ 1916 Vevey Suiça) é autor
de “Quo Vadis”, sua obra mais célebre no estrangeiro, laureado com Prêmio Nobel
de Literatura de 1905, enviou uma carta que consta na abertura do livro e
datada de Oblegorsk, 18.08.1902 – que diz:
Senhor,
O agradeço sinceramente por vosso belo
livro, fruto de vosso pensamento e de vosso trabalho. Chegando até por mo
enviar aqui, ao meu retiro campestre. Vós possuis, Senhor, uma alma ardente
nobre e um verdadeiro talento. Os homens desse modo, deixam os traços
duradouros na literatura. Aprovado, Senhor, minhas respeitáveis saudações.
Oblegorsk, 18 – 8 – 902 Henryk Sienkievicz
Henryk Sienkievicz
nessa data (1902) já tinha publicado o "Quo Vadis”(1895) e era famoso por
diversas publicações desde 1884, vindo a receber o Prêmio Nobel de Literatura
em 1905. A carta pela data é antes de ser agraciado com o Prêmio (que foi instituído
à partir de 1901).
Adeodato Faconti
publicara na Itália os seguintes livros:- Os Proletários (1898); Roma Neroniana
(1899); Antes de Maciovic (1902) e Mirta Flavien (1905).
O segundo e
terceiros livros devem ter sido motivos de contato com Henryk Sienkievicz, pois
trata de fatos relacionados ao imperador Nero, retratado no “Quo Vadis”de 1895
e outro de episódio da história da pátria de Sienkievicz, temas sobre os quais
este escreveu vários livros entre os anos de 1884 a 1894 depois que voltou para
a Polônia. Ele viveu em fazenda na Califórnia EEUU, 1874 a 1876 de lá enviando
para jornal polonês relatos dessa época, começando a tornar-se conhecido
literalmente em sua pátria, que na época estava dividida entre Alemanha, Rússia
e Áustria-Hungria.
A carta de
18.08.902 ou é referente ao “Antes de Maciovic” (épico polonês de 1902) ou
leva-se a deduzir que antes da publicação de “Mirta Flavien” em 1905, os
originais foram enviados para ele analisar em 1902.
Ele ainda não era
Prêmio Nobel, mas devia ser referência para jovens escritores europeus.
Adeodato faconti (28.02.1877) tinha 25 anos e começara a escrever ainda jovem,
aos 21 anos.
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